segunda-feira, 17 de julho de 2023

Dos programas giros em família

Sempre que posso gosto de ir com eles a um sítio diferente. Seja a um parque, a um museu, a um espetáculo... ando sempre a pesquisar sítios novos e coisas novas. A rotina (em excesso) aborrece-me e há tanto mundo lá fora que acho um desperdício ficar limitado às mesmas coisas.

Um destes dias descobri o 3D Fun Art Museum, em Lisboa. Na verdade já tinha ouvido falar, e já tinha visto imensas fotos sobre o sítio, e resolvi ir lá com eles, como surpresa. Eles gostaram imenso e eu também!

Fiz a compra online e ficou a 25 euros. Não é a coisa mais barata do mundo, mas foi uma tarde muito bem passada. Apesar do espaço não ser propriamente grande, é muito fácil ficar lá horas, seja porque as peças expostas nos ensinam como é fácil o nosso cérebro ser enganado pela ilusão de ótica (e as explicações são mesmo surpreendentes), seja porque as ilusões expostas nos convidam a fazer uma série de fotos engraçadas.

Deixo-vos algumas para ficarem com uma ideia mais clara do que poderão encontrar por lá.


terça-feira, 11 de julho de 2023

As crianças não existem!

 Estava no carro com o Francisco quando ele, após ter chamado "mãe", me diz com a sua voz docinha: "Gosto muito de ti, mamã!"

Eu derreti-me, claro, derreto-me sempre, e a seguir ele sai-se com esta, com o tom mais natural do mundo:

"Sabes mamã, às vezes eu chamo-te mas não tenho nada para dizer. Ou então esqueço-me do que ia dizer. Quando isso acontece eu digo sempre que gosto muito de ti. Para não ficar calado."

"Ai sim?", perguntei a rir. E ele, com os seus 8 anos, lá deve ter intuído que se calhar falou de mais e apressou-se a acrescentar:

"Mas também digo que gosto muito de ti porque gosto mesmo muito de ti!"

😂



segunda-feira, 10 de julho de 2023

A vida é uma montanha-russa

Não, não desapareci outra vez (apesar de já terem passado uns dois meses desde que vim aqui pela última vez).

Tive aí uma fase menos boa, em que não me apetecia escrever. Andava preocupada e meio desmotivada com o trabalho. E estas coisas acabam por influenciar bastante a nossa energia. A mim pelo menos influencia. Quando estou assim, felizmente não acontece com frequência, sinto-me como se passasse o dia em maratonas. Fico cansada fisicamente e tenho de usar a energia que tenho para os meus filhos. Já lá vai o tempo em que não me poupava e tentava ir a todas!

Mas bem, isso já lá vai!

Entretanto, e porque ao longo da minha vida parece que tenho uma estrelinha a guiar-me, apareceu uma oportunidade profissional que nem em sonhos esperava. Saí completamente da minha zona de conforto, ainda sinto que estou a apanhar bonés, mas está a ser um bom desafio. Isto para dizer que a fase menos boa e esta mudança são o motivo para o meu "silêncio" dos últimos tempos.

Mas escusado será dizer que nestes dois meses, e para além disto, a vida continuou e nos próximos dias tenciono registar aqui alguns dos episódios das nossas vidas :) 


sábado, 6 de maio de 2023

Mães: as dádivas de Deus na Terra



Este foi o pequeno-almoço que eles me fizeram. Andaram dias a prepará-lo. Perguntaram-me como se faziam ovos mexidos, onde estavam as coisas, como podiam usar a chaleira para aquecer água (para o meu café)... foram mesmo uns fofos! Levaram-me o pequeno-almoço à cama. como costumo fazer com eles nos aniversários... Sim, fiquei mega babada!💖


Ser mãe é o papel mais importante da minha vida. É o que mais me realiza, o que mais felicidade me proporciona,  que me faz sentir mais amor, o que me faz sentir mais amada, o que mais me emociona, o que mais me ensina...

Ser mãe tem sido/ é a viagem mais maravilhosa da minha vida, mesmo que também haja ansiedade, culpa, frustrações, preocupações e inquietações à mistura.

Tive a sorte de ter uma Mãe com letra grande. Uma mãe carinhosa, que sempre me fez sentir muito amada. Uma mãe que fazia (e faz) o que podia e o que não podia para me dar o melhor.

As mães são uma dádiva que Deus criou para habitar na Terra - acredito nisso 😊 - e por isso parabéns a nós, Mães, sejam de sangue ou de coração 💓


segunda-feira, 24 de abril de 2023

25 de abril SEMPRE!



25 de abril é, para mim, muito mais do que uma data do calendário. 25 de abril é liberdade, com todo o poder que a palavra tem, e não consigo conceber como é que se vive de outra forma.

Nasci em liberdade, em democracia, e, graças a Deus, não conheço outra realidade. Contudo, o panorama político - nacional, europeu (e não só) - já foi mais auspicioso. Se até há meia dúzia de anos nunca me tinha passado pela cabeça a simples ideia de, um dia, poder vir a ser limitada e castrada em relação ao que digo ou escrevo, hoje não tenho tanta a certeza de que tal não possa vir a acontecer.

Vivem-se tempos estranhos (ou devo dizer preocupantes), em que os movimentos distópicos são cada vez mais banalizados e o discurso autoritário e fascista cada vez mais aceite. E o que mais me custa é que tudo isto vem, muitas vezes, de pessoas que viveram no pré 25 de abril. Que sentiram na pele o que era não poder falar, ter medo, não ter liberdade de escolha para coisas tão simples como ouvir "aquele" música ou ler "aquele" livro. Quanto mais para poder opinar sobre quem deveria governar o seu país!

Como? Como é que se esquece uma coisa destas?!!!

Hoje, mais do que nunca, é urgente recordar o porquê de ter acontecido o 25 de abril. 

Percebo, compreendo que haja muita gente insatisfeita, mas não entendo, não percebo como é que se acha que é no populismo que está a solução.

Quero que os meus filhos cresçam em democracia. Quero que possam escolher o que querem ser e fazer, num país que respeita o outro e as diferenças. Quero que eles saibam hoje e sempre, o que é viver em liberdade.

É por isso que 25 de abril não é hoje. 25 de abril é sempre!

25 de abril sempre! Fascismo nunca mais!


sexta-feira, 21 de abril de 2023

Just perfect!


Esta é a minha ideia de uma sexta-feira à noite perfeita. Eu no sofá a ver uma série que estou a adorar e o meu Kiko a dormir encostado a mim. Seria ainda melhor se o Gonçalito também estivesse aqui ao lado, mas não está longe. Está no quarto a ver uma série também 😄 E é isto. Tão simples e tão perfeito!

A idade não perdoa! 🤣

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Se eu pudesse...


Há um pensamento que tenho de forma recorrente e ultimamente ele tem aparecido ainda mais amiúde do que é costume: adoraria ter o poder de congelar momentos, para os poder espreitar (e reviver) sempre que me apetecesse. Como fazemos com as fotografias. Se eu pudesse, seria esse o meu super poder.

Eles estão a crescer demasiado rápido. Eu olho para o Gonçalo e já vejo um adolescente em ascensão. Aquela voz doce de criança já não existe. Ele continua a ser meiguinho, mas já não tem aquela espontaneidade que só as crianças têm. Ainda me diz, do nada, que gosta muito de mim, mas já não é tão frequente. E eu vejo isso tudo. Vejo e sinto. E assusta-me. Muito.

Do Francisco ainda tenho tudo isso... e é tão bom. 

O "bom dia, mamã", naquele tom melódico e doce que só as crianças sabem conferir às frases; os abraços apertados acompanhados de um "és a melhor mãe do mundo!"; aqueles bracinhos finos que me envolvem de uma forma tão única; a mão dele, pequena e frágil, que procura a minha na rua; as vezes em que ele me diz, quando se aninha a mim na cama, que gosta tanto de dormir comigo porque "é muito reconfortante", diz ele :); é tudo isto que quero congelar e guardar numa gavetinha especial.

Eu sei que eles crescem e tudo faz parte, e ainda bem que assim é (é muito bom sinal!), mas eu gosto de sentir que eles me veem como um porto de abrigo. Um porto seguro. E se é verdade que eu ainda sinto isso com os meus pais, sei bem como é na adolescência. Os pais perdem esse estatuto para os amigos, para os namorados (mais uma vez, sei que faz parte, mas bolas, lá por isso não tem de me ser indiferente!). 

Resumindo, acho que é esta antecipação que me está a custar e por isso é que tenho desejado mais ter este super poder. Na impossibilidade disto ser uma realidade, faço o que sempre fiz desde que o Gonçalo nasceu: tento captar ao máximo todos os pormenores de momentos que vivo com eles. Quantas vezes fico ali, só a observá-los, e a tentar reter cada detalhe. Desde o calor do abraço, à doçura de um beijo, à meiguice de uma frase ou até à aparente trivialidade de uma traquinice.

No fundo no fundo, o que eu tenho é medo. Porque hoje sei que (ainda) sou a pessoas mais importante da vida deles e, chamem-me possessiva, a ideia de perder este estatuo custa um bocadinho :)

sábado, 8 de abril de 2023

As doces tradições da Páscoa

E eis que já estamos na Páscoa. Tenho a sensação de que estes primeiros quatro meses do ano voaram!

Não posso dizer que vibro com a Páscoa da mesma forma como com o Natal, mas as tradições desta quadra trazem-me conforto. É mesmo isto. Conforto à alma.

Domingo passado, fui à missa de Domingo de Ramos. Não é que costume ir à missa (já lá vão os anos em que ia todos os domingos), mas esta missa é particularmente bonita. Tem uma energia boa.

E depois há aquelas tradições já no fim-de-semana de Páscoa. Ontem, sexta-feira Santa, foi dia de caça aos ovos. Uma pessoa não tem uma casa grande, nem quintal, mas a malta não precisa de nada disso! Eles adoram e divertimo-nos imenso. 

Cada um de nós faz uma rodada, que é como quem diz, esconde os ovos pela casa. Este ano foram 12. É daqueles momentos básicos, de simples que são, mas tenho a certeza que eles irão recordá-los com carinho.

Outra tradição da sexta-feira Santa, pelo menos na zona de Sintra, e os meus pais são de lá, é comer mexilhão. Originalmente ia-se à apanha do mexilhão, mas hoje quase todos vão à "apanha do mexilhão no supermercado"! Modernices 😁

Amanhã, é o grande dia. Dia do almoço de Páscoa. A minha mãe faz o tradicional borrego (não aprecio nada, mas a minha mãe faz este prato divinamente bem) e celebramos à volta da mesa, como bons portugueses que somos.

No fundo, adoro estas festividades por isto. Pelos momentos em família. Porque são eles, a minha família, o meu pilar. Porque quero que os meus filhos vivam e sintam este amor e que o levem no coração. 

Tenho a certeza que o levarão ❤️

segunda-feira, 20 de março de 2023

De volta!

 


O Gonçalo está de volta a casa (graças a Deus!). Na bagagem, trouxe uma mão cheia de histórias para contar, fotos para partilhar e memórias que tenho a certeza que ficarão para sempre guardadas no seu coração.

Nunca o vi tão assoberbado! Se eu ainda tivesse alguma dúvida de que tinha feito bem em deixá-lo ir, elas ficariam dissipadas. A forma como ele falou, o brilho no olhar dele... todo ele transbordava felicidade. Percebi, de uma forma muito clara, que ele tinha tanta coisa para me contar que nem sabia por onde começar. Que as emoções o atropelavam, com a vantagem se serem todas boas e doces.  

Dizem que viajar é das maiores experiências que podemos proporcionar a nós mesmos, pela riqueza que traz a vários níveis. Não podia concordar mais!

Venham daí as viagens boas. Das que sabem a sonhos tornados realidade. Das que nos fazem sonhar. Das que nos enriquecem e engrandecem!


quarta-feira, 15 de março de 2023

Ponto de situação de uma mãe com saudades

O rapaz foi-se embora só no domingo, mas as saudades começaram logo no dia em que o fui levar ao aeroporto. E, mesmo sabendo que, se Deus quiser, sábado que vem já lhe vou poder dar um abraço apertado e um beijo daqueles bem repenicados, elas mantêm-se em ritmo crescente.

A casa está num silêncio tal que até soa a estranho e... sei lá... é aquela coisa que disse no post anterior. Parece que me falta um bocado.

O Francisco está (ou será mais certo dizer "estava") a levar a situação bem melhor do que eu pensava. Até ontem, até andava todo contente por me ter só para ele e por ser dono e senhor da televisão e do sofá mas, hoje, a primeiríssima coisa que disse quando acordou foi: "Tenho saudades do mano!"

Quanto ao Gonçalo, anda super feliz (e isso, por si só, é motivo mais que suficiente para eu ficar feliz também). Logo na primeira videochamada que fizemos, disse-me, com a maior naturalidade, que estava a correr tudo bem e que estava a adorar. Que tinha acordado, vestiu-se, arrumou a roupa, fez a cama... 

Repito: arrumou a roupa e fez a cama! Disse ele como se fosse prática comum. O menino que tudo o que faz é à quinquagésima vez de eu mandar!

Ao que parece, segundo a mãe do menino para onde ele foi para casa, o Gonçalo é super bem educado e porta-se muito bem. Escusado será dizer que fiquei super orgulhosa e babada, mas tenho pouca esperança de que ele mantenha esta disciplina toda quando voltar. Da minha parte, juro que vou tentar fazer o que me compete nesta matéria mas, para já, o que eu quero mesmo é que ele regresse rápido!

Arquivo do blogue

Seguidores