quinta-feira, 20 de abril de 2017

Por enquanto, é deixá-lo na ignorância

Amanhã, há greve na escola do Gonçalo. Informei-o disso e ele perguntou-me o que era "isso de greve".

Fiquei sem saber o que lhe responder, mas expliquei-lhe que, por vezes, as pessoas não estão satisfeitas com algumas situações, que consideram injustas. Quando não conseguem resolver as coisas pedindo ou falando com quem pode mudar isso, elas fazem greve para chamar a atenção para a situação, numa tentativa de conseguirem o que querem.

Senti que me estava a embrulhar toda, com a preocupação de explicar as coisas de uma forma simples, e quando olhei para ele  para tentar perceber se ele tinha entendido, notei nele um olhar que me fez perceber que tinha acabado de lhe dar ideias. Por isso, e antes que ele comece a fazer greve porque eu não o deixo ver futebol depois de jantar ou por outra coisa qualquer, calei-me bem caladinha e mudei de assunto o mais rápido que consegui.

(... e acho que resultou!)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Mais uma voltinha

Hoje, lá começou mais um período de aulas. Lá foi o Gonçalo, com lápis de cor e de cera novos, lápis de carvão e borracha novinhos em folha... enfim... este deve ser o 7º kit de material novo que ele leva desde que as aulas começaram, no final de setembro.

E dizia uma mãe na reunião da final do segundo período, muito chateada: "Já por uma três vezes que troquei todo o material da minha filha!". E sim, eu confesso que senti alguma inveja :P Mas logo a seguir senti algum conforto quando a professora lhe respondeu a sorrir: "Se foram só três, é porque ela é muito organizada!".

terça-feira, 18 de abril de 2017

Basicamente é isto!

Podia dizer tanta coisa que já foi dita e escrita sobre este assunto! Que os pais que optam por não vacinar os filhos estão a ser negligentes e irresponsáveis, que isto e que aquilo... mas não vale a pena, porque esta imagem diz tudo :)

In New Yorker

domingo, 16 de abril de 2017

Páscoa que é páscoa....

... tem que ter caça aos ovos, mesmo que seja indoor ☺ (e, no final, vem a melhor parte: comê-los!!!)

sábado, 15 de abril de 2017

Já tinha saudades disto

Apesar de ainda ter de adormecer o Francisco, ele gosta que seja na caminha dele. Já há muito que dispensa o meu colo. Mas hoje, ele estava tão molinho, que fez uma bela soneca ao meu colo. E eu adorei... mesmo que durante aqueles cerca de 45 minutos não tenha conseguido fazer nadinha ☺ mas valeu bem a pena! O meu bebé... nos meus braços. Há lá coisa melhor?!
Seja na cama ou ao colo, há uma coisa que ele não dispensa: que lhe dê a mão 😊 manias!!!

Nostalgia e epifania

Deve ter sido dos filmes que mais vezes vi em criança. E talvez na vida. Adorava tudo no "Annie". Sobretudo a alegria e fé da personagem principal, que dava nome ao filme, uma menina órfã, que nunca perdeu a esperança de que um dia os pais a fossem buscar... apesar de ter sido abandonada. Ela arranjava sempre forma de ver o lado melhor das situações... apesar da sua vida ter pouco ou nada de positivo.

Esbarrei com o filme no Hollywood e não resisti em vê-lo uma vez mais. E logo no início, a música do genérico diz tudo...

When I'm stuck with a day that's grey and lonely
I just stick up my chin and grin and say,

The sun will come out tomorrow
So you gotta hang on
'til tomorrow, come what may!

Tomorrow, tomorrow, I love ya, tomorrow
You're always a day away!


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Como é que nunca me cruzei com este poema?

Um colega apresentou-mo hoje e eu adorei. Que poema lindo! Obrigada V. :)


Cântico Negro


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

quarta-feira, 12 de abril de 2017

So true!!!

"Pain is inevitable. Suffering is opcional."

Haruki Murakami

(Cada vez gosto mais deste autor!!)


terça-feira, 11 de abril de 2017

Se é assim!!!

Isto já se passou há uma semana, no último dia de aulas.

Estávamos à mesa e o Gonçalo estava a contar-me, todo contente, que tinha tido "Muito Bom" a Matemática e a Português, e "Bom" a Estudo do Meio.

Naturalmente, felicitei-o, mas como na semana anterior tinha vindo um recado para casa, da professora, a pedir para falarmos com ele porque ele tinha falado muito e prejudicado o funcionamento da aula, disse-lhe:

"Fico super orgulhosa de ti, amor. Muitos parabéns! Mas olha, não são só as boas notas que contam. Tão importante quanto as notas é o teu comportamento na aula. Tens de estar atento, não falar e fazer o que a professora manda, está bem?"

"Sim, mãe." - respondeu-me ele - "Eu sei. E só para saberes, hoje a professora não me disse nem uma única vez "Cala-te Gonçalo!"

Custa (sempre) tanto!

Depois de ter estado cinco dias de férias e no mimo do pai e avós, hoje o Francisco lá teve de regressar à escolinha. Fui eu lá levá-lo e assim que estacionei o carro e o tirei da cadeirinha, ele agarrou-se ao meu pescoço, com pouca vontade de me largar (e eu com nenhuma vontade que ele me largasse).

Já estão a ver o filme, não é?

Ele ficou a chorar, com aquele beicinho fofo de quem está sentido comigo por o estar a "abandonar", e eu fiquei com o coração pequenino por ter de o deixar assim :(

(Resumindo, estou desejosa que chegue logo à noite para voltar a estar com eles. Estou longe de ter matado as saudades destes cinco dias. Muito longe!!!)

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